Ela escrevia. Ele lia. Já apaixonado, delirava com a frase bem construída, enlaçava a sua mente com a fantasia e por alguns segundos vivia apenas aquele momento. Era gratificante. Chegava a sonhar. Ficava excitado com os personagens, com as tramas.
Ele a achava doce e sensual. Ela, apenas escrevia. As palavras surgiam, se amontoavam e as belas histórias nasciam. E ele, cada vez mais apaixonado, queria apenas a continuação. Nada tinha mais importância no mundo do que lê-la por uma história.
No dia seguinte, na capa do jornal anunciava a sessão de autógrafos. Entusiasmado, correu os olhos para o caderno, ver se aparecia uma foto. Mas nada.
Ele não queria ficar no anonimato, pelo menos queria saber com quem deveria sonhar. Chegou à sessão de autógrafos. Ela, na verdade, era ele. E bem barbudo por sinal.
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terça-feira, 27 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Chuva
Era apenas uma gotinha
que escorregava pela janela em ritmo de valsa,
perdida naquele cenário cinza e triste.
Era apenas uma gotinha
que antes de cair
espiou o casal de namorados.
Era apenas uma gotinha
à procura de uma janela interessante para visitar
Era apenas uma gotinha
num mundo inteiro para mergulhar.
Era apenas uma gotinha
que apaixonada pelo Rio de Janeiro resolveu fazer uma festa
uma gotinha popular, que convidou todo o mundo para participar.
Era apenas uma gotinha
que se sentiu culpada pelos danos causados aos fluminenses
e chorou, até não poder mais.
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que escorregava pela janela em ritmo de valsa,
perdida naquele cenário cinza e triste.
Era apenas uma gotinha
que antes de cair
espiou o casal de namorados.
Era apenas uma gotinha
à procura de uma janela interessante para visitar
Era apenas uma gotinha
num mundo inteiro para mergulhar.
Era apenas uma gotinha
que apaixonada pelo Rio de Janeiro resolveu fazer uma festa
uma gotinha popular, que convidou todo o mundo para participar.
Era apenas uma gotinha
que se sentiu culpada pelos danos causados aos fluminenses
e chorou, até não poder mais.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Apresentando - Hancornia
A brincadeira favorita era ir ao mundo dos gentianos. Diversão garantida nos dias de chuva.
Eles deitavam na cama e bastava rolar apenas uma vez para a esquerda que o chão se transformava em um lindo céu, que além do azul, exibia nuvens nas cores do arco íris. Coisa linda de se ver.
Ele usava uma bermuda azul marinho, no mesmo tecido dos uniformes escolares, e uma regata listrada. Ela usava branco e cinza.
A afinidade dela era com o gentiano que tinha apenas um olho, localizado no meio da testa, já o dele, exibia um belo par de orelhas pontudas. Fora o tamanho daquele povo, a semelhança com os humanos era grande, a particularidade daqueles seres é que cada um tinha um dos sentidos mais aguçados. O olho no meio da testa, que pareceria uma deficiência para nós, era motivo de orgulho para aquele povo, era o que os destacava.
Lá não chovia e, apesar de não se saber exatamente onde ficava o mundo dos gentianos, eles acreditavam que quando caía água na terra, o sol chegava no outro mundo. Neste dia eles apenas passearam.
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Eles deitavam na cama e bastava rolar apenas uma vez para a esquerda que o chão se transformava em um lindo céu, que além do azul, exibia nuvens nas cores do arco íris. Coisa linda de se ver.
Ele usava uma bermuda azul marinho, no mesmo tecido dos uniformes escolares, e uma regata listrada. Ela usava branco e cinza.
A afinidade dela era com o gentiano que tinha apenas um olho, localizado no meio da testa, já o dele, exibia um belo par de orelhas pontudas. Fora o tamanho daquele povo, a semelhança com os humanos era grande, a particularidade daqueles seres é que cada um tinha um dos sentidos mais aguçados. O olho no meio da testa, que pareceria uma deficiência para nós, era motivo de orgulho para aquele povo, era o que os destacava.
Lá não chovia e, apesar de não se saber exatamente onde ficava o mundo dos gentianos, eles acreditavam que quando caía água na terra, o sol chegava no outro mundo. Neste dia eles apenas passearam.
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