Ela escrevia. Ele lia. Já apaixonado, delirava com a frase bem construída, enlaçava a sua mente com a fantasia e por alguns segundos vivia apenas aquele momento. Era gratificante. Chegava a sonhar. Ficava excitado com os personagens, com as tramas.
Ele a achava doce e sensual. Ela, apenas escrevia. As palavras surgiam, se amontoavam e as belas histórias nasciam. E ele, cada vez mais apaixonado, queria apenas a continuação. Nada tinha mais importância no mundo do que lê-la por uma história.
No dia seguinte, na capa do jornal anunciava a sessão de autógrafos. Entusiasmado, correu os olhos para o caderno, ver se aparecia uma foto. Mas nada.
Ele não queria ficar no anonimato, pelo menos queria saber com quem deveria sonhar. Chegou à sessão de autógrafos. Ela, na verdade, era ele. E bem barbudo por sinal.
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3 comentários:
hahaha!
Que massa.
Já vi um filme com uma história parecida... um autor de livro de crianças se fazia de homem e uma criança ficou vidrada. Quando descobriu que era mulher, ficou atordoada, não aceitava.
escrever é uma arma de sedução. e muitas vezes é desconcertante.
Muito bom! As vezes qndo a gente pensa que está decepcionado, pode ser somente outra opção! =D
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