segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Trim.... Trim... Trim....

Estava novamente no escritório, me surpreendi que as coisas estavam acontecendo com tanta frequência e em um curto espaço de tempo. O telefone nunca tocava. Com a tecnologia as pessoas deixaram de perder tempo tentando encontrar conhecidos nos telefones fixos. O celular virou moda e sinônimo de facilidade para a localização.

Mas nesta manhã foi diferente, o telefone não parava de tocar. Quando eu atendia a ligação ninguém respondia. Em outras épocas abriria a primeira gaveta, acenderia um cigarro e olharia para o telefone, como se estivesse conversando com ele. Acabaria o cigarro, com ar de superioridade ao aparelho, bateria as cinzas no cinzeiro de madeira e o apagaria, dando por encerrado o caso.

É interessante que essas coisas acontecem em manhãs como hoje, céu nublado, frio, silêncio, escritório escuro, pessoa sozinha.

São esses o ingredientes de um típico filme de terror. Faltou eu ser loira, não muito inteligente e sair correndo de uma serra elétrica, morrer na metade do filme, sempre um pouco nua, para dar o toque sensual à morte.

Faltou muita coisa para se tornar um filme de terror. Claro que fiquei feliz com isso, o que me direcionou a ligar o som, enquanto me dedicava à minha pesquisa de graduação. O que há de mais aterrorizante nisso tudo é a pesquisa, não o telefone tocando.

Pensar que é feriado local, que tem muitos amigos no Largo da Ordem, saboreando cervejas e conversando sobre a vida, sem se preocupar com nada. Apenas que esta semana será mais curta e que o sábado chegará mais rápido.

No MP3 selecionei a banda Fiest, que é nova aos meus ouvidos e ainda não defini o seu estilo. O grupo apresenta bons arranjos, às vezes remetem aos anos 70' e 80', mas confesso que ainda não consegui identicar com clareza. Caracterizo a banda com uma grande variação de estilos, que encantam cada momento. Espero logo poder trazer mais informações sobre a Fiest.

E o dia continuou cinzento. Minha pesquisa não acabou.

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