A solidão e aquele barulho horrível que dominava o ambiente mal iluminado do escritório. O rádio ligado anunciava que as Cataratas do Iguaçú está entre as sete maravilhas do mundo. Mas o vento sombrio, do meio da manhã que entrava pela janela e mexia levemente a cortina, não deixava a beleza da notícia encantar a minha manhã.
O barulho não parava, não me deixava em paz. Enquanto escrevia, tentava me distrair, mas a cada instante ele se tornava mais intenso. Medo.
Eu comecei a temer os acontecimentos seguintes, estava sozinha, não sabia ao certo se eu clamava desesperadamente pela ajuda de alguém. Era uma sexta-feira, não era 13, então me senti um pouco mais confortada. Não se engane meu amigo, não sou supersticiosa, mas nessas horas rezamos para todos os santos e acreditamos que Deus nos livrará de todo o mal se perdirmos perdão pelas coisas erradas. Desespero.
Aquilo que eu evitara a manhã inteira não poderia mais ser evitado, fui contra meus próprios princípios. Levantei-me, lentamente eu caminhei até a cristaleira, estava a cinco passos de distância. Na verdade é um móvel antigo, que serve para guardar muitas coisas, inclusive alguns alimentos. Abri a porta, eu a vi. Erro.
O pior é você ver. Quando os seu olhos não se deparam com a realizade visual dos objetos você ainda consegue manter uma certa calma. Eu a vi. Medo, desespero, erro.
O barulho aumentava, a cada segundo que se passava, eu tentei evitar, mas não consegui, sou fraca, eu admito! Não consegui vencer esta batalha e acabei com o pacote de bolachas.
Minha barriga parou de roncar.
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Um comentário:
ahahahahahahha fiquei com medo!
Até lembrei de um episódio qdo estava andando na rua escura, uma arvore fez sombra com o vento e quase morri de medo!
ê lasquera!
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