domingo, 10 de agosto de 2008

Segundo domingo de agosto

Eu queria te entregar aquela gravata brega, feita de papel quando eu tinha 7 anos. Adoraria ver a sua carinha nas apresentações da escola, eu estava lá, mas você não. Em outros anos poderia te dar um presentinho estranho como um perfume fedido, uma bola furada ou meu melhor brinquedo, mas o que eu queria mesmo era dar aquele abraço e dizer que eu amo você.

Faz alguns anos que o dia dos pais se tornou um ato fúnebre, mas esse ano eu foi diferente. Não fiz nada, não chorei o dia inteiro e não pensei em tudo o que perdi nesses anos todos, mesmo que dentro de mim ainda exista aquela vontade de dizer apenas uma vez: feliz dia dos pais.

Um comentário:

Sheila Gorski disse...

Quando você tiver seu marido e seu filho ainda não puder dizer diga: feliz dia dos pais!
Eu sempre acho um jeito
=D